junho 07, 2017

UESPI de Picos realiza 3º encontro de Casas de Terreiros de Comunidades Quilombolas

A Universidade Estadual do Piauí – campus professor Barros Araújo, realizou, recentemente, em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX) e com o Governo do Estado, através da Fundação de Amparo a Pesquisa do Piauí (FAPEPI), o 3º Encontro de Casas de Terreiros de Comunidades Quilombolas. 
Alunos e moradores da comunidade de Custaneira 
O evento, que está em sua terceira edição e tem como objetivo, fortalecer a identidade cultural dos grupos quilombolas existente, faz parte de um projeto de pesquisa e extensão desenvolvido com estudantes dos mais variados cursos da instituição e coordenado pelos professores Luciano Figueiredo, Janaína Aragão e Ermínia Medeiros.

O Pró-Reitor de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX), Raimundo Dutra, falou sobre a importância da realização de um projeto de pesquisa e extensão como este para a universidade. De acordo com ele, “esse projeto é de suma importância para a academia, pois é uma oportunidade que alunos e professores têm de levar para a comunidade a qual estão visitando, conhecimentos que são produzidos nos cursos e no decorrer das disciplinas e com atividades como essa, há uma relação entre esses conhecimentos e a própria comunidade que é a essência da extensão”, disse ele.   

O encontro aconteceu nos dias 03 e 04 de junho, na comunidade quilombola de Custaneira, localizada na cidade de Paquetá - PI e contou com a participação de estudantes das áreas de enfermagem, educação física, letras, biologia e administração, bem como a participação de alguns professores da universidade. Os envolvidos no projeto puderam conhecer de perto a comunidade e as vivências e tradições de seu povo, marcados pela forte crença na religião africana. Puderam ainda, participar das atividades desenvolvidas pelos moradores do lugar.
Comunidade Quilombola de Custaneira - Paquetá/PI
A acadêmica do curso de educação física Vivianne Moura, falou sobre a experiência de vivenciar esse encontro e o que ele representa para a universidade. “A experiência de passar um final de semana na comunidade quilombola de Custaneira foi única para qualquer pessoa e para mim, principalmente. Estar em contato com a umbanda, religião, que eu não conhecia, mas admirava, me fez admirar ainda mais. Quebrar paradigmas a respeito do que se pensa, é uma coisa muito importante nos dias atuais e a universidade, no seu papel humanizador, nos proporcionou esse contato e a experiência de aprender o que é respeito”, afirmou Viviane. 

A professora mestre Ermínia Medeiros, destacou a relevância desse projeto para a sociedade, bem como para assegurar também a cultura desenvolvida e vivenciada por esses povos. Segundo ela, “há uma tendência muito grande dessas comunidades tradicionais irem, aos poucos, sendo engolidas em virtude da urbanização cada  vez mais constante e isso faz com que elas percam seus traços tradicionais como é o caso de uma comunidade quilombola próxima a cidade de Oeiras, que já perdeu bastante suas características, principalmente no tocante a religiosidade”, disse ela. 
Alunos e moradores da comunidade 
Confira mais fotos:

*Fotos tiradas por alunos que participaram do encontro.