março 20, 2014

Professor de Agronomia da UESPI de Picos defende Tese de Doutorado

   O Professor  Dr. Renato Santos Rocha, 33 anos, natural da cidade de Cristino Castro, formado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Piauí- UFPI, Campus de Teresina, defendeu recentemente sua Tese de Doutorado em Agronomia, intitulada “Aspectos nutricionais da cana-de-açúcar com silício e sua resistência a cupins no município de Aldeias Altas, Maranhão”.
  O trabalho desenvolvido pelo recém Doutor teve como objetivo avaliar o desenvolvimento fisiológico e agronômico da cana-de-açúcar, através da adubação com o silício (é um pó obtido da trituração de uma rocha chamada wollastonita, o resultado é um composto chamado silicato de cálcio e magnésio), e também, averiguar a resistência dos propágulos de cana enriquecidos com silício ao ataque de cupins.
  O professor foi o primeiro Mestre e Doutor de título da sua cidade natal, Cristino Castro, formou-se em 2005, e concluiu o Mestrado em Agronomia em 2008. O docente foi consultor da FIEP, trabalhando no Projeto PROCOMPI, foi professor na UFPI e UESPI em cidades como Bom Jesus, União, Uruçuí e atualmente é professor efetivo da Universidade Estadual do Piauí-Campus de Picos, onde foi convocado em setembro de 2013.
  De acordo com o docente, a escolha do tema foi devido ao grande ataque de cupins à cultura da cana-de-açúcar, podendo causar prejuízos de até 10 toneladas por hectares e o grande uso de inseticidas, causando grandes prejuízos para o solo “pois diminui a presença de insetos, inimigos naturais das outras  pragas, além de contaminar  os lençóis freáticos, então a intenção final deste trabalho era reduzir a  aplicação de elevadas doses de inseticidas ao solo, além disso reduzir os custos no plantio para o produtor ” afirmou ele.
   A tese tem os fins de pesquisa, para geração de tecnologia, pois o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e dos seus produtos, além disso, está à frente no desenvolvimento de tecnologia voltada para cultura, “então, este trabalho vem a somar com outras pesquisas já realizadas para manter a hegemonia brasileira na produção de cana, a qual é plantada no país desde o período do colonial, onde era trabalhada principalmente pela mão de obra escrava”.
  Segundo o Professor Renato, o trabalho em si, é apenas uma etapa, pois são necessários mais pesquisas com o mesmo propósito para tal manejo passar a ser utilizado pelos produtores, mas somando a outros trabalhos pode estar resolvendo um pouco dos problemas com esta praga aumentando a produtividade da cultura da cana-de açúcar.
  A defesa da Tese ocorreu no dia 25 de fevereiro de 2014 e teve como banca examinadora os professores Dr. Jacinto de Luna Batista-UFPB (Orientador); Drª. Luciana Cordeiro do Nascimento-UFPB; Dr. Flávio Pereira Oliveira- UFPB; Dr. Thiago Jardelino Dias-UFPB. 
(Professor de agronomia Renato Santos defendendo sua tese)

 O trabalho de campo foi realizado nas áreas de produção de cana-de-açúcar de uma usina de produção etanol, Itapecuru Bioenergia, localizada na zona rural do município de Aldeias Altas-MA. Foram necessários 02 anos para concluir o trabalho de campo, desde a instalação ao fim da coleta de dados, mas o período de conclusão da tese foi de 04 anos.
  Segundo Dr. Renato, a intenção é continuar trabalhando com esse nutriente, o silício, e com outras plantas cultivadas no semiárido piauiense, “como fui convocado para trabalhar em Picos, município que possui tal clima, e após reuniões com a equipe de professores da área de agronomia da UESPI, foi tomado como objetivo comum do grupo, à realização de pesquisas voltadas para gerar soluções para os produtores deste bioma, então, como esse elemento, aplicado a cana, reduziu as taxas de transpiração, promovendo um melhor aproveitamento da água e resistência a déficits hídricos sofrido pela cultura, a intenção é continuar realizando pesquisas com este nutriente”, ressaltou o docente. Ainda pretende envolver alunos do curso de Engenharia Agronômica da UESPI-Picos em seus projetos de pesquisa.


 O recém-doutor menciona sua satisfação em ter concluído seu doutorado, o mais alto grau na carreira acadêmica, “o sentimento final é de uma missão cumprida com todas as glórias possíveis, pois durante o percurso foram muitos obstáculos ultrapassados, alguns tropeços e auto cobrança sobre o próprio desempenho, mas tudo superado devido uma incansável perseverança e a presença de Deus, familiares e amigos. Os meus pais (Raimundo e Nati), minha esposa (Larissa), irmãos (Cantídio, Joana D’arc, Rônei e Antonino) e sobrinho (João Victor) foram a fonte de inspiração para alcançar essa vitória”,  concluiu Renato Rocha.
 O diretor do Campus de Picos, professor mestre Evandro Alberto disse que ganha não só profissional com a qualificação de doutorado, mas toda comunidade uespiana e a sociedade picoense. “ Parabéns ao professor Renato pela conquista e esperamos que ele continue no quadro da UESPI de Picos até a sua aposentadoria docente ensinando, fazendo extensão e pesquisando”, concluiu o diretor.

(Professor Renato Santos junto á banca examinadora)




março 18, 2014

Jornalista da afiliada do SBT no Piauí diz sentir orgulho de ter estudado na Uespi de Picos

J. Pereira é da primeira turma de Comunicação Social da Uespi de Picos e do Sertão do Piauí. 

Por Clebson Lustosa

 A universidade não constrói apenas seres críticos pensantes, mas termina, também, sendo um espaço onde pessoas formam laços de amizade, carinho e porque não dizer amor. Amor por uma futura profissão, amor de colegas de sala de aula, amor pela instituição que a cada dia soma a sua formação.

 E é assim que o ex-aluno e conceituado jornalista formado pela Universidade Estadual do Piauí – campus de Picos -  José Pereira de Sousa Filho, o J. Pereira como é conhecido popularmente, se senti a voltar aos muros do campus Professor Barros Araújo.

 Na última sexta-feira (14) o “uespiano” (como os alunos da instituição gostam de ser chamados) fez uma visita cordial a Uespi e ao seu curso, que este ano comemora 12 anos.  J. Pereira é da primeira turma de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e Relações Públicas da Uespi de Picos e do Sertão do Piauí. Atualmente é correspondente da TV Cidade Verde (Teresina) afiliada ao SBT.

 Para o jornalista a Uespi passa por um positivo processo de construção, tanto teórico, com a admissão de novos professores e projetos de pesquisa e extensão, como físico e estrutural, com a construção de um novo campus. 

 O mesmo parabeniza a comunidade acadêmica e toda a mobilização, positiva, realizada nos últimos anos. “Um momento muito marcante para a Uespi, para os alunos, para os docentes. Tudo devido a mobilização que houve. Não apenas por parte dos estudante, mas também pelos professores. Vamos ter futuramente uma universidade com uma estrutura muito maior, com maior suporte, com alunos de cursos diferentes. Graças a essa mobilização que aconteceu. Cada vez que alunos e professores se unem e traçam os mesmos objetivos os resultados são sempre positivos e  eles chegam na hora certa”, conta.

 Em um bate-papo descontraído com o diretor do campus de Picos, professor Evandro Alberto, J. Pereira destaca como a comunicação que é feita aqui em Picos terminou se expandindo e se estendendo para outros municípios da região. Destacou, também, a importância de se trabalhar políticas públicas e sociais em projetos de extensão, como o realizado pela Uespi.

(diretor da Uespi de Picos- Evandro Alberto e o jornalista José Pereira)

  
 “Observe que isso há dez, vinte anos atrás era praticamente impensável. Mas hoje é uma realidade e os frutos já começam aparecer. Porque se um jovem que está na cidade de Santana do Piauí recebe um choque de comunicação, de informação para participar desse processo comunicacional moderno que estamos vivendo hoje faz com que ele comece a ter um interesse de futuramente ingressar em uma universidade estadual”, destaca.

 Ao final da visita perguntado sobre qual o sentimento que J. leva  sendo um ex-aluno da Uespi e o mesmo não pensou duas vezes em responder: “eu me sinto muito orgulhoso. Pois aqui eu pude ter contato com professores que puderam acompanhar todo o meu processo de aprendizagem. E ainda hoje me orientam”, finalizou.