outubro 12, 2017

Grupo de pesquisa interdisciplinar da UESPI realiza I Semiárido Piauiense

Os territórios semiáridos, em suas peculiaridades climáticas, desafiam o habitar de diferentes populações humanas que ocupam esses espaços há milhões de anos expressando relações de sociobiodiversidades singulares. Ao reconhecer que essas expressões precisam ser sistematizadas e discutidas, compreende-se a necessidade de um diálogo franco e enriquecedor entre os saberes e as pesquisas científicas desenvolvidas para fomentar novas possibilidades frente aos desafios. 
Mesa de Honra
Diante disso, a Universidade Estadual do Piauí – campus professor Barros Araújo, através do grupo de pesquisa Dinâmicas Socioambientais, Cultura e Desenvolvimento no Semiárido, realizou, nos dias 10 e 11 de outubro, o I Semiárido Piauiense: Legislação, Cultura, Biodiversidade e Saúde. 

O evento, que teve como objetivo principal articular a academia com os mais diversos setores da sociedade civil dentro do contexto desses territórios e reunir pessoas com pesquisas, saberes, sensibilidade e afetividade diferenciadas para com o semiárido, foi coordenado pelas professoras mestres Otávia Caracas Câmara e Milena Almeida Vaz e contou com a participação dos demais professores membros do grupo e alunos de cursos diferentes que pesquisam a temática.  

A professora Otávia Câmara falou a respeito da programação apresentada no evento, no intuito de contemplar todos os cursos da universidade e promover uma maior interação entre discentes e docentes. Segundo ela, “a programação foi pensada no sentido de abranger a universidade como um todo. Pensamos em temas que envolvesse o curso de direito, passando pelos cursos de agronomia e biologia ao trabalhar a biodiversidade; pensamos no curso de jornalismo e no curso de letras ao trabalhar a cultura e o desenvolvimento. Ou seja, pensamos em uma programação dinâmica e interdisciplinar que envolvesse toda a instituição em busca de um conhecimento comum em torno do semiárido, que é a região que vivemos”, disse ela. 
Professora Otávia Câmara
Com uma programação variada que abordou apresentações culturais, palestras, mesa redonda, minicursos e apresentações de trabalhos e contou com a participação de profissionais especializados no tema discutido, o I Semiárido Piauiense foi idealizado e preparado com o intuito de expandir as mais diversas experiências na região, fomentando novas possibilidades de pesquisa científica.  
Dividido em dois dias de evento, no primeiro dia, a palestra Direitos Socioambientais e Comunidades Tradicionais do Semiárido Piauiense, ministrada pelo advogado e assessor técnico popular do coletivo Antônia Flor, Lucas Araújo Alves Pereira; e a palestra Legislação Ambiental em Picos, proferida pelo advogado e ex secretário municipal de meio ambiente, Glauber Jhon Silva. O grupo Adimó finalizou a noite com uma apresentação cultural.

O segundo dia contou, na parte da manhã, com a execução de diferentes minicursos voltados para o semiárido. Na parte da tarde, trabalhos científicos foram apresentados pelos participantes e avaliados e premiados pela comissão organizadora. O ultimo momento do evento trouxe a professora doutora Maria Caroline Abreu ministrando a palestra Meio Ambiente: Conceitos e Perspectivas; a professora doutora Joilane Alves Pereira Freire que trabalhou, em sua palestra, a Bioprospecção de Substratos do Buriti: Subsídios para aplicação em biotecnologia sustentável; e por ultimo, a advogada e professora especialista Anne Karoline Bandeira Bonfim Leal, que abordou a Legislação no Semiárido.   

A acadêmica do curso de Direito, membro do grupo de pesquisa e parte da comissão organizadora do evento Sammyd Yngred, avaliou a realização do I Semiárido Piauiense. Segundo Sammyd, “a principio, estávamos bem apreensivos por ter tido algumas alterações de datas, mas tiramos um saldo positivo. Aprendemos muito e não contávamos com o público que tivemos. Superamos nossas expectativas. Depois disso, acredito que iremos agregar mais alunos ao nosso grupo, já que eles puderam visualizar o projeto e o semiárido de outra forma”, falou.

Janaína Alvarenga Aragão, professora membro do grupo de pesquisa e diretora desta Instituição de Ensino Superior, falou sobre a realização de eventos como este na universidade. “É sempre um prazer receber esses eventos, primeiro por fazer parte da prática de ensino. Toda instituição funciona através do tripé: ensino, pesquisa e extensão e é importante que esse tripé seja executado dentro da universidade. Quando oportunidades como essas aparecem, é preciso que abracemos e estimulemos cada vez mais essas manifestações, a fim de beneficiar a instituição e os alunos, que se conhecem mais e conhecem pessoas de renome nas áreas trabalhadas”, disse Janaína.
Janaína Alvarenga, diretora da UESPI
                                     
Confira mais fotos:































outubro 09, 2017

Grupo de Pesquisadores da UESPI realiza roda de conversa em Comunidade Indígena

A Universidade Estadual do Piauí, através da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários e representada pelos professores Evandro Alberto de Sousa, Janaína Alvarenga Aragão, Luciano Figueiredo, Orlando Berti e Raimundo Dutra de Araújo, realizou, nos dias 06 e 07, uma roda de conversa na comunidade indígena de Serra Grande, localizada no município de Queimada Nova do Piauí, há 522 km da capital.
Roda de Conversa com moradores da comunidade 
O encontro consiste em um projeto interdisciplinar há ser desenvolvido na comunidade com duração de 3 a 4 anos e participação de alunos e professores da instituição e teve como objetivo principal, conversar com as famílias indígenas residentes ali, a fim de mapear as principais necessidades desses povos diante da universidade. 

Janaína Alvarenga Aragão, diretora da Universidade Estadual do Piauí – campus professor Barros Araújo, participou da roda de conversa com a comunidade e como representante da instituição, pôde ouvir da Cacique Maria Francisca Ferreira, quais os anseios da população. Segundo ela, “durante esses dois dias de encontro, ouvimos os desejos desse povo e estamos com uma lista de demandas em mãos. Nosso próximo passo é marcar uma reunião com professores e alunos para que possamos formar um grupo de pesquisa interdisciplinar que possa vir a atender essas demandas”, disse Janaína. 

A ideia principal desse primeiro encontro com os povos indígenas foi conhecer a comunidade e seus moradores, sua realidade e conversar a respeito das carências que permeiam o lugar, buscando avaliar qual o posicionamento e a atuação da IES frente a tais necessidades.

A princípio, o desejo dos moradores de Serra Grande é a construção de uma rádio comunitária que atenda a todos e leve cultura, informação e entretenimento. O projeto Roda de Conversa atuará em uma esfera geral, buscando atender a esses desejos e promovendo também ações sociais e de saúde a exemplo de prevenção contra câncer de mama, câncer de próstata e levantamento de sífilis para toda a população acima de 18 anos. 

O próximo encontro já possui data marcada e acontecerá nos dias 10, 11e 12 de novembro. Segundo a diretora Janaína Aragão, a ideia é voltar à comunidade com os demais professores e alunos que integrarão o grupo de pesquisa interdisciplinar a fim de executar as ações propostas. 

Confira mais fotos:

Fotos por: Comunidade Serra Grande