Aconteceu na tarde desta quarta-feira (11), no
auditório da UESPI de Picos (Bairro Junco), o debate “13 de maio – Que abolição
é essa?”. O evento, organizado pela PREX em parceria com DUDH/SASC, FENEPI e CEPPIR, teve início na terça-feira (10) no Campus de Parnaíba e se estenderá até
essa sexta-feira (13), sendo finalizado na UESPI de Teresina.
O principal objetivo do evento é
promover mesas de debate nos Campus de Parnaíba, Picos e Teresina acerca das
políticas afirmativas em relação aos negros na sociedade atual, além de
promover apresentações culturais que visam exaltar os costumes afro-brasileiros.
A abertura do debate foi feita
pelos membros do Terreiro de Umbanda Tenda Povo das Águas, comandados pela Mãe
de Santo Josa de Alencar. Josa falou sobre o preconceito que enfrenta por
seguir uma religião de matriz africana: “as pessoas ainda olham torto e
infelizmente não tem a consciência que por trás da cor da pele existe um
coração que bombeia um sangue tão vermelho quanto o deles”, lamentou.
Josa de Alencar |
A mesa de debate foi mediada
pelo diretor do Campus de Picos, Evandro Alberto, onde discutiram sobre o tema
de políticas afirmativas o diretor geral do Grupo Cultural Adimó: Mano Chagas,
o ativista social e cultural: Ted Rap, o pedagogo da Secretaria Municipal de
Educação: Antônio Benevaldo e a assistente social e representante da comunidade
quilombola Custaneira: Maria das Dores de Lima.
Mesa de debate |
Raimundo Dutra Araújo, pró-reitor
de ensino e extensão da UESPI, falou sobre a escolha do tema do evento: “quando
propuseram a criação de um momento para comemorar o 13 de maio, logo foi
acertado que não era uma data para aplaudir a princesa Isabel. Felizmente
nossa perspectiva como Universidade converge com a ideologia do Movimento Negro,
dessa forma foi inevitável não discutir sobre as atuais políticas afirmativas
que envolvem a cultura afro no Brasil”, explicou.
Raimundo Dutra Araújo |
Segundo Evandro Alberto, diretor
da UESPI de Picos, eventos como esse são essenciais para resgatar momentos
históricos que fazem parte da identidade do nosso país: “é imprescindível que a
universidade promova discussões como essa para que seja possível recuperar os
direitos historicamente esquecidos, como foi a abolição da escravatura.
Envolver as mais diversas comunidades neste debate é o papel social da academia”,
falou.
Evandro Alberto |
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