maio 07, 2019

Em evento de prevenção ao suícidio, alunos da UESPI falam sobre momentos de depressão e como venceram a doença


Por Leo Leal

No último levantamento foi registrado que, por ano, quase 800 mil pessoas em todo o mundo cometem suicídio, que é a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade. Os números foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no planeta. De acordo com o organismo internacional, todos os países, sejam eles ricos ou pobres, registram casos de suicídio. Qual é o melhor jeito de tratar esse problema?

Segundo a discente da UESPI e também Psicóloga, Zélia Neiva, ainda é um tabu debater sobre suicídio, e a solução mais ainda é falar, se abrir, pois existem dados de que 90% dos casos de pessoas que tiram a própria vida poderiam ser evitados, uma conversa por mais simples, com alguém que está com problemas psicológicos pode ajudar a mudar toda uma situação.

Professora e Psicóloga Zélia Neiva

Pensando nisso, alunos do 3° bloco de Pedagogia, da Universidade Estadual do Piauí- campus Picos, promoveram um evento voltado para a temática- Prevenção ao suicídio: Valorização à vida. Estiveram participando da mesa-redonda, no auditório do campus, nesta segunda (08) alguns alunos do grupo organizador da roda de conversa e a professora mencionada anteriormente que falou sobre a relevância do momento. “Uma maravilha! Depoimentos importantíssimos de alunos aqui presentes que passaram e venceram, isso pode incentivar vários que estão com problemas psicológicos a mudarem o rumo de suas vidas, a serem curadas da depressão, que é o principal motivos das pessoas se suicidarem, essa doença tem maltratado e matado tanta gente. Vamos nos planejar para fazer mais diálogos assim na Universidade, é como se todos saíssemos daqui mais leves”, finalizou.
Mesa de debate. Foto: Leo Leal

Uma das alunas que esteve na mesa foi, Priscilla Martins, que falou sobre os momentos de depressão que passou na adolescência e como conseguiu vencer a doença. “Foi muito difícil, escrevi até uma carta de suicídio, pois eu queria dar fim a dor que eu estava sentindo. Eu ia me matar. Mas meus amigos e minha família me ajudaram, fui melhorando e estou aqui para mostrar que é possível vencer. Nunca mais tive vontade de me matar e fico muito feliz por isso. Quero ajudar outras pessoas aqui no campus que estão pensando em suicídio, para que elas não façam isso, estamos fortes nessa corrente do bem, da prevenção. Além de Priscilla, alguns discentes e docentes presentes no auditório falaram sobre casos pessoais de depressão e como seguiram a vida bem, mesmo depois desses momentos de dificuldade.

Priscilla Martins falou sobre seu caso de depressão. Foto: Leo Leal
A professora responsável pela organização foi Fabrícia Gomes, que comentou  como surgiu a ideia dentro da disciplina de educação, movimentos sociais e diversidade e a satisfação com os resultados. “O nosso objetivo foi que os alunos colocassem na prática dentro da Universidade algum movimento social, conscientizando eles que isso pode ser feito não só lá fora, mas também aqui. Esse grupo escolheu o tema suicídio e ficamos muito felizes com o evento, vários depoimentos importantes, já até chorei aqui, várias pessoas no nosso meio pesando em tirar a vida e a gente as vezes nem sabe, então poder ajudar com essa ideia, essa disciplina, me deixa muito feliz.

Professora Fabrícia Gomes. Foto: Leo Leal


                                                             Confira mais fotos:

Alguns alunos e professores do curso reunidos após o termino do evento

Além de alunos da Pedagogia, outros cursos estavam presentes


Momento de dinâmica, com o aluno Agenor Júnior



Com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dados do site da Organização das Nações Unidas (ONU).