Por Leo Leal
No último levantamento foi registrado que, por ano, quase 800 mil pessoas em todo o mundo cometem suicídio, que é a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade. Os números foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No último levantamento foi registrado que, por ano, quase 800 mil pessoas em todo o mundo cometem suicídio, que é a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade. Os números foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no planeta. De acordo com o organismo internacional, todos os países, sejam eles ricos ou pobres, registram casos de suicídio. Qual é o melhor jeito de tratar esse problema?
Segundo a discente da UESPI e também Psicóloga, Zélia Neiva,
ainda é um tabu debater sobre suicídio, e a solução mais ainda é falar, se abrir, pois existem
dados de que 90% dos casos de pessoas que tiram a própria vida poderiam ser
evitados, uma conversa por mais simples, com alguém que está com problemas psicológicos
pode ajudar a mudar toda uma situação.
Professora e Psicóloga Zélia Neiva |
Pensando nisso, alunos do 3° bloco de Pedagogia, da
Universidade Estadual do Piauí- campus Picos, promoveram um evento voltado para
a temática- Prevenção ao suicídio: Valorização à vida. Estiveram participando
da mesa-redonda, no auditório do campus, nesta segunda (08) alguns alunos do
grupo organizador da roda de conversa e a professora mencionada anteriormente
que falou sobre a relevância do momento. “Uma maravilha! Depoimentos importantíssimos de alunos aqui presentes
que passaram e venceram, isso pode incentivar vários que estão com problemas psicológicos a mudarem o rumo de suas vidas, a serem curadas da depressão, que é o principal motivos das pessoas se suicidarem, essa doença tem maltratado e matado tanta gente. Vamos nos planejar para fazer
mais diálogos assim na Universidade, é como se todos saíssemos daqui mais leves”,
finalizou.
Mesa de debate. Foto: Leo Leal |
Uma das alunas que esteve na mesa foi, Priscilla Martins, que falou
sobre os momentos de depressão que passou na adolescência e como conseguiu vencer a
doença. “Foi muito difícil, escrevi até uma carta de suicídio, pois eu queria dar
fim a dor que eu estava sentindo. Eu ia me matar. Mas meus amigos e minha
família me ajudaram, fui melhorando e estou aqui para mostrar que é possível
vencer. Nunca mais tive vontade de me matar e fico muito feliz por isso. Quero ajudar outras pessoas
aqui no campus que estão pensando em suicídio, para que elas não façam isso,
estamos fortes nessa corrente do bem, da prevenção. Além de Priscilla, alguns discentes e docentes presentes no auditório falaram sobre casos pessoais de depressão e como seguiram a vida bem, mesmo depois desses momentos de dificuldade.
Priscilla Martins falou sobre seu caso de depressão. Foto: Leo Leal |
A professora responsável pela organização foi Fabrícia Gomes, que comentou como surgiu a ideia dentro da disciplina de educação,
movimentos sociais e diversidade e a satisfação com os resultados. “O nosso
objetivo foi que os alunos colocassem na prática dentro da Universidade algum
movimento social, conscientizando eles que isso pode ser feito não só lá fora, mas também aqui. Esse grupo escolheu o tema suicídio e ficamos muito
felizes com o evento, vários depoimentos importantes, já até chorei aqui,
várias pessoas no nosso meio pesando em tirar a vida e a gente as vezes nem
sabe, então poder ajudar com essa ideia, essa disciplina, me deixa muito feliz.
Professora Fabrícia Gomes. Foto: Leo Leal |